No primeiro semestre deste ano, foram registradas 944 ocorrências deste tipo de crime no estado. No mesmo período do ano passado, foram 280.
É preciso ter cuidado com anúncios na internet e telefonemas de números desconhecidos. Do outro lado do celular, pode estar um criminoso tentando aplicar um golpe. De acordo com a Secretaria de Defesa Social (SDS), um comparativo do primeiro semestre do ano passado com o mesmo período deste ano mostra um aumento de 237% nos casos de crimes cibernéticos no estado
No primeiro semestre deste ano, foram registradas 944 ocorrências deste tipo de crime em Pernambuco. No mesmo período do ano passado, houve 280 notificações.
De acordo com o titular da Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos, Eronides Meneses, as redes sociais são as plataformas em que os golpistas circulam com mais frequência.
“O pessoal recebe mensagem de texto, mensagem de e-mail, clica ou fornece as informações e acaba tendo a rede social, o WhatsApp, invadido, hackeados. Eles começam a anunciar produtos e o pessoal, ao ver aqueles produtos, na tentação da promoção, acaba comprando, fazendo o pagamento para terceiros”, alertou.
Eronides Meneses deu algumas dicas para que as pessoas possam se proteger. “Ter cautela, não passar a informação que chegar ao seu telefone, não acreditar em tudo que chega lá. Confirmar a informação. E outra coisa, você jamais tem que pagar um valor para receber outro. Não tem que pagar para receber um emprego e nem nenhum tipo de empréstimo. Então fica sempre esse alerta”, afirmou.
O marceneiro Anselmo José de Santana estava precisando de um empréstimo e viu nas redes sociais um anúncio de um serviço que prometia facilitar isso. Pelo WhatsApp, uma consultora começou a conversa.
“Eu expliquei a ela que queria um empréstimo para aplicar no meu negócio. Aí, ela disse quando eu precisava de pontuação, quanto seriam os valores, me mostrou uma tabela de preços. Eu escolhi um modelo e ela pediu para fazer um PIX”, disse.
A partir daí, a mulher começou a pedir mais dinheiro. Foi um prejuízo de R$ 800 para Anselmo até ele perceber que havia sido vítima de um golpe.
“Eu comecei a questionar depois do tempo que ela falou e ela começou a se esquivar do assunto, disse que não sabia que ia gerar aquele débito e que não poderia fazer mais nada”, contou.
Um dos tipos de golpe é aplicado da seguinte forma: em uma chamada gravada por uma pessoa que prefere não se identificar, o golpista se passa por um funcionário de um banco e diz que alguém tentou fazer uma transferência de R$ 5 mil da conta da vítima.
A conversa dura mais de 30 minutos e segue até o cliente dizer que prefere confirmar as informações com o gerente.
O suposto funcionário do banco diz que o cartão vai ser bloqueado se não fizerem logo o procedimento por telefone. Nesse caso, a pessoa não caiu no golpe.
Fonte: G1